MINHA MAIOR VITÓRIA

MINHA MAIOR VITÓRIA
Gui e Biel minha maior VITÓRIA e motivação para o dia-a-dia

MOTIVAÇÃO NA BIKE

MOTIVAÇÃO NA BIKE
Preciso sempre estar motivado para executar os meus treinos de bike. Fixei as fotos dos meus filhos no clip da bike, assim estou sempre com as crianças perto de mim. Foi uma idéia fantástica e que ajuda muito no processo de auto-motivação.

quarta-feira, 14 de agosto de 2013

Primeira conversa com o Professor Jefferson Cardia Simões, lider do grupo de pesquisadores Programa Antártico Brasileiro.


Não foi exatamente uma conversa, mas uma troca de correspondências eletrônicas sobre as características climáticas da região onde será realizada a maratona no gelo 2013.
 
Primeiramente vale ressaltar que o professor Jefferson é o principal responsável por liderar a equipe de pesquisadores no âmbito do Programa Antártico Brasileiro e que já desenvolveu uma variedade de pesquisas muito interessantes sobre o continente gelado, das quais podemos citar algumas:
 
  • Antártica e as mudanças globais: um desafio para a humanidade;
  • Expedições multidiciplinares ao manto de gelo antártico: as primeiras investigações brasileiras no interior do continente In: Ciência Brasileira no IV Ano Polar Internacional;
  • Diversidade microbiana em atmosferas de gelo e solo expostos por recuo de geleiras. In: Secretaria de Políticas Públicas e Desenvolvimento, Coordenação para Mar e Antártica.

Professor Jefferson Simões
 


Pois bem!
 
O professor Jefferson me relatou que a Geleira Union (Union Glacer), local onde será realizada a maratona no gelo, é onde seu programa possui o acampamento base na Antártica, juntamente com a Antarctic Logistic Expeditions, empresa que organiza a maratona no gelo.

Também me informou que a minha maior preocupação deve ser com o vento "pois será o teu maior desafio" disse Jefferson. "Você tem que correr com um eficiente corta-vento, que permita a transpiração sair," completou ele.

Outra informação importante que me foi passada pelo professor foi que a temperatura na geleira Union irá oscilar entre -15°C a -25°C.
Relatou-me que a pista para correr é marcada e ampliada por tratores e falou também da importância de eu usar um par de tênis para correr na neve.

Finalizando ele ainda acrescentou que a hidratação durante a maratona é fator fundamental, pois ela pode ser o principal problema em fazer corridas de grandes distâncias nessas baixas temperaturas.

"Abraços e boa sorte na Antártica. Talvez você se encontre com alguns membros de minha equipe que estarão passando pela geleira Union rumo ao módulo Criosera 1 (84°S)." Foram as ultimas palavras descritas pelo Professor Jefferson em sua correpondência.
 
Não poderia deixar de registrar aqui o meu sincero agradecimento a este grande pesquisador antártico, pela sua generosidade em me repassar informações preciosas do continente gelado.
 
É isso aí Raça, mais um informe sobre a minha trejetória rumo a expedição que me levará para o continente antártico, em novembro/2013, para participar da maratona no gelo.

T.:F.:A.:

Sérgio Lopes


quinta-feira, 27 de junho de 2013

Desafrio 2013 em Urubici com -5°C no Morro da Igreja.

Início da manhã de sábado (22/06) com o termômetro marcando 7ºC, ainda escuro e sem previsão de sol para o clarear do dia.
Por volta das 6:50 horas saímos (eu, o Rafa Pina, o Andrey, o Biel e mais outros colegas) da casa do Pina e seguimos em direção ao pórtico de largada da prova.



Chegando lá a "muvuca" já estava se formando com a chegada dos atletas participantes, num total aproximado de 600 esportistas.
Fui para o aquecimento pois faltavam 20 minutos para o início da prova. Terminei de aquecer e me posicionei dentro da área de largada bem na frente do pelotão.
Antes um pouco do início da prova, tive a honra de tirar uma foto com o meu Amigo Rafa Pina para aquivar no meu albúm digital de registros fotográficos esportivos.

 
 
Por volta das 7:30 horas da manhã foi dada a largada e os atletas entreram num frenesi de alegria alucinante. Pessoas rindo, brincando, gritando e tudo mais, uma verdadeira alegria.
Logo nos primeiros quilômetros encontrei o Biel e percorri uns 100 metros de mãos dadas com ele.
 
 
Os primeiros 8K da prova foram praticamento em terreno plano com um trecho em estrada rural. A partir do 11° K o bicho pegou e o Desafrio 2013 começou a mostrar a sua cara de exigência. Fui apresentado então para uma sequência de trilhas com subidas ingrimes, escorregadias e com muito cascalho. Sem se falar nos rios, mata burros e porteiras que teve que cruzar.
O trecho de subida em trilha foi até o Km 19, passando por um dos lugares mais incríveis da prova, a cachoeira véu de noiva.
 

Lá encontrei o meu filho e torcedor incondicional, Biel Lopes, esperando por mim. Fiquei emocionado e feliz de encontrá-lo novamente, dessa vez perorri um trecho maior de mãos dadas com ele e o momento mágico foi registrado pelas lentes da Focoradical.
Percebi no seu semblante um olhar de alegria e imaginei que seu coração estava acelerado por toda beleza natural que ele estava encontrando e presenciando no caminho para o topo do Morro da Igreja. Sim, o figurinha me acompanhou até a área de transição no Km 27, no pico, com 1812 metros de altitude.


As belezas naturais vistas ao longo do percurso dos 27K que percorri foram inumeras e algumas delas tenho o prazer de dividir com vocês por meio dos registros fotográficos que estão postados nesta página.


A chegada ao pico do Morro da Ingreja foi com ventos fortes, temperaturas com -5ºC e os dedos dos pés e das mãos cogelando. Mas não deixou de ser um dos momentos incríveis da prova, o qual apresentou uma geomorfologia sensacional.
 
Fotos Biel Lopes

Completados os 27K da primeira etapa, entreguei o "chip" de cronometragem ao meu Irmão Andrey que realizou com maestria os 25K do segundo percurso, pois estávamos participando da prova na categoria dupla masculina.
Os 52K foram finalizados com um tempo de 4:56:19 horas e conquistamos a 10ª colocação das 61 duplas inscritas na nossa categoria.


O Desafrio 2013 foi um grande teste para o meu condicionamento físico e equilíbrio emocinal, pois a prova é muito dificil e exigente. O frio de -5ºC estava bem longe da temperatura que vou encontrar na Antártida, mas percebi que uma atenção especial para as extremidades dos dedos das mãos e dos pés deverá ser dada, pois essas regiões sofrem muito com o frio e por consequência atingem a mente com impulsos negativos que tiram o foco.

Valeu Raça, mais uma etapa vencida e conquistada.

"O sofrimento é passageiro, desistir é para sempre."

TFA

Sérgio Lopes

segunda-feira, 6 de maio de 2013

Treino longo de corrida de 22K em terreno variado com areia de praia em Floripa.

No dia 05/05/2013, domingo, realizei o primeiro treino longo de corrida em terreno variado com areia de praia, como preparação física para a maratona no gelo em novembro, na Antártica.
O tempo e o clima para praticar corrida estava perfeito com temperatura na casa dos 19°C, ventos do quadrante sul de moderados a fortes, céu nublado e chuviscos isolados. A previsão do tempo nesse dia foi precisa no seu parecer sobre o clima.

Iniciei o percurso da corrida saindo do centrinho da Lagoa da Conceição, nas proximidades do restaurante Uma Rosa, que fica praticamente ao lado do terminal integração de ônibus da Lagoa. Passei pela rampa do Andrino  seguindo posteriormente para a avenida das Rendeiras no sentido praia da Joaquina.



Até a Joaquina foram percorridos precisamente 6K (GPS Garmin 910XT), quando entrei na faixa praial iniciando a corrida em terreno com areia fofa. Além da areia, os ventos do quadrante sul estavam mais intensos na faixa praial, pois "batem" de frente naquela localidade.

Foram percorridos 5K a barlavento, aglutinando trechos das praias da Joaquina e do Campeche. O esforço do exercício foi maior na ida, pois além da resistência provocada pela areia da praia os ventos criaram uma barreira natural que diminuiu significativamente o rítmo da corrida, passando de 6 Km/h para 7 Km/h, na maioria dos momentos.

A volta foi um pouco mais confortável e o rítmo melhorou, passando de 7 Km/h para 5:30 Km/h a 5:50 Km/h.
Correndo a sotavento, os 5 K para finalizar o trecho com areia de praia passaram um pouco mais rápido, somado ao fato de que os trabalhos de musculação e propriocepção realizados até o presente momento com o professor e preparador físico Felipe Soncini, bem como, as sessões de RPG com o meu fisioterapeuta Marcos Vinícios estão surtindo um excelente resultado, pois os grupos musculares dos membros inferiores suportaram muito bem ao esforço provocado pela areia da praia.

No trecho final da corrida, entre a estrada que dá acesso a praia da Joaquina e a avenida das Rendeiras, voltando para o ponto de partida da corrida, com a finalidade de observar a resistência cardiovascular e a responta neuromuscular, exigi um pouco mais do rítmo da minha corrida fazendo um trabalho progressivo durante 3 quilômetros, aumentando a velocidade a cada quilômetro. O primeiro quilômetro (18° Km) o tempo foi de 4:18 min./Km, o segundo (19° Km) pra 4:08 min./Km e o terceiro tiro (20° Km) foi de 4:03 min./Km, socando a bota com os "zóiux" esbugalhados feito dois pires branco *!* o batimento chegou a 166 bpm.

Os resultados finais, segundo as informações registradas no Garmin 910 XT, foram os seguintes: tempo total da corrida = 1:51:47 horas, pace médio de 5:04 min./Km e o custo energético foi de 1854 Cal. (Vídeo sobre o treino no final da página)

Fiquei feliz com o treino realizado, não só com os resultados do Garmin, mas com o processo como um todo, pois percebi que os treinamentos que estamos realizando durante a semana estão me deixando preparado para enfrentar e superar a carga maior de exercícios no final da semana, os quais são considerados mais importantes.

É bem verdade que serão realizadas várias sessões de treinos até chegarmos na Antártica, e que estamos apenas iniciando os trabalhos específicos, mas tem uma máxima que diz o seguinte: de grão em grão a galinha enche o papo. E é por aí que vamos caminhar, devegar, com atenção e observando a progressão dos resultados dos treinamentos.

É isso aí Raça, fica registrado o primeiro relato de uma séria de treinos de corrida que vou realizar como preparação para a maratona no gelo. Fiquem ligados que mais relatos irão aparecer no meu blog.

TFA

Sérgio Lopes

VÍDEO DO TREINO - Imagens GoPro III Hero

quinta-feira, 11 de abril de 2013

Pesquisa sobre tecidos térmicos para utilização na maratona no gelo, na Antártica, Pólo Sul.

O relato a seguir descreve sobre um produto da marca americana The North Face®, o qual será utilizado por mim na maratona no gelo.
Vale esclarecer que existem várias marcas no mercado que podem suprir a necessidade de atletas para a realização de atividades esportivas em condições meteorológicas extremas, porém, a minha escolha pela The North Face® se deu com base nas recomendações de atletas que já usaram e aprovaram os produtos dessa marca.

Casacos térmicos

A linha de casacos térmicos desenvolvida pela The North Face®, com a tecnologia Flux Powerstretch, favorece o equilíbrio térmico. Além de manter o corpo aquecido o tecido não bloqueia o vapor da transpiração, permitindo com isso a respiração corpórea. Feito de Polartec® Power Stretch®, o casaco é extremamente quente com material macio e elástico, também é super leve e facilmente compactável.




Sobre a Polartec® Power Stretch® Pro™

A tecnologia em tecidos Polartec® Power Stretch® Pro™ é altamente respirável, ideal para a prática de esportes em ambientes com temperaturas baixissímas, onde há a necessidade de equilibrar a temperatura do corpo com a externa. Seu objetivo principal é manter o atleta seco quando está transpirando, fornecendo calor sem que haja peso na roupa. Este tecido possui uma estrutura própria de duas camadas exclusivas, são elas: uma de nylon durável na parte externa do tecido que tem por finalidade a proteção contra o vento e a resistente à abrasão; a segunda camada é de poliéster, macia e interna, e tem por finalidade “puxar” a umidade deixando-a longe da pele e consequentemente mantendo-a seca, quente e confortável.

Desenho esquemático da estrutura do tecido.


Estou tentando aglutinar o máximo de conhecimento sobre tecnologias, treinamentos, suplementação, comportamento, bem como, em todos os detalhes necessários, para com respeito, enfretar e superar o grande desafio que é a maratona no gelo.
Está claro que um planejamento minucioso é muito importante para identificação dos detalhes que poderão fazer a diferença entre o sucesso e os erros.
A proteção contra o frio extremo no Pólo Sul é um dos principais fatores, se não o mais importante, pois o processo de congelamento da pele, dos tecidos, dos tendões e dos ossos é iminente caso o indivíduo não esteja com as vetimentas e equipamentos adequados.

Valeu Raça!

Na sequência mais informações e imagens sobre os preparativos para a maratona no gelo, na Antártica.

TFA

Sergio Lopes

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Primeira conversa com o atleta extremo Marcelo Alves sobre detalhes para enfrentar e superar a maratona no gelo 2013.

Foi um final de semana diferente na minha rotina de treinos! Combinei com Marcelo Alves, atleta participante da maratona no gelo 2012, um encontro na capital paranaense para obter informações dele sobre a prova na Antártica. Até então, a minha conexão com Marcelo havia sido somente por mensagens no facebook e celular. Mas quando resolvi manter contato pessoal ele se mostrou receptivo em me passar as dicas e informações necessárias sobre a corrida no gelo.

Vale a pena registrar que Marcelo Alves foi TOP 10 na maratona no gelo 2012 conquistando incrivelmente a 8º colocação com o tempo de 4:59:00 horas. Sensacional!!



Pois bem, fui convidado pelo Marcelo para jantar em sua casa, no sábado 23/02, lá por volta das 20:00 horas em seu belo apartamento em um dos melhores bairros de Curitiba, Champagnat. As 19:30 horas, muito gentilmente, o atleta extremo me apanhou no hotel e fomos direto para a sua casa, lá conheci a esposa dele Juliene, um encanto de pessoa que me recebeu muitíssimo bem. Infelizmente não tive oportunidade de conhecer pessoalmente a sua filhota, apenas por fotos, pois ela estava na casa da vovó.

Iniciamos a nossa conversa pelos equipamentos que Marcelo utilizou na maratona. Falamos sobre os tênis, óculos, roupas de baixo, tocas, luvas, meias, quebra-vento, seus erros e acertos. Depois nossa conversa tomou o rumo da hidratação e alimentação e Marcelo fez questão de enfatizar sobre o congelamento dos alimentos e líquidos diante de temperaturas entre -20ºC a -30ºC. Foram informações preciosas e que me fizeram refletir sobre quais escolhas devo fazer para realizar com segurança a maratona no gelo 2013.

Depois chegou a hora da seção de fotos! Das aproximadamente 1500, uma mais bela do que a outra, Marcelo apresentou sua seleção de 350 registros fotográficos que deixam qualquer pessoa anestesiada. As lentes de Marcelo capturaram feições geomorfológicas e geológicas incríveis, as quais são endêmicas, existindo somente naquele lugar. Fascinante!!



De repente a campanhia toca e as nossas pizzas chegaram. Sim foram ao todo três pizzas de sabores variados, de vegetariana, passando por calabreza e chegando ao chocolate. A final, na manhã seguinte tinhamos 25K de corrida para realizar, então socamos a bota nas pizzas.
Foi um momento muito agradável onde trocamos experiências das mais variadas. Fámilia, vida profissional, vida esportiva, desafios, entre outros assuntos, acompanharam nosso rodízio de pizzas.

Depois Marcelo me mostrou mais algumas fotos, conversamos uma pouco mais sobre a sua experiência na Antártica e lá por volta das 23:30 horas fui para o hotel.

No dia seguinte foi uma honra para mim acompanhar um atleta extremo no seu treino de corrida, passando por vários lugares bacanas de Curitiba.

Ai está Raça o registro de mais uma série de informações, desta vez obtidas por meio de conversas que tive com o atleta extremo Marcelo Alves, um homem que desafiou o Pólo Sul, soube respeitá-lo e voltou para casa 100%.

TFA

Sérgio Lopes

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

ANTARCTIC ICE MARATHON 2013, SEUS NUMEROS, SUAS EXIGÊNCIAS E SEUS RISCOS

A maratona da Antártida é uma prova de corrida que possui extensão total de 42,2 quilômetros e sua primeira edição foi realizada em janeiro de 2006, mas já está indo para a sua oitava realização em 2012.
Todo o apoio para a realização da prova é fornecido pela comissão organizadora do evento, a qual é liderada pelo maratonista irlandês Richard Donovan.


Em 2010 o recorde da prova foi conquistado por um brasileiro, o triatleta e ultramaratonista Bernardo Fonseca, com o tempo de 4:20:31 horas. Bernardo também obteve, naquele mesmo ano, o recorde da ultramaratona da Antártida de 100K com o tempo de 12:41:52 horas. Apesar das conquistas de Bernardo Fonseca, apenas 6 brasileiros participaram da maratona da Antártica até os dias de hoje e nenhum deles era natural de Santa Catarina.

Até o presente momento a prova já recebeu participantes dos seguintes países: Austrália, Bélgica, Brasil, Canadá, França, Alemanha, Grã-Bretanha, Irlanda, Japão, Holanda, Singapura, África do Sul, Espanha, E.U.A, Noruega, entre outros países.

Realizada no planalto antártico, a maratona submete os atletas a uma verdadeira provação mental e física devido ao alto grau de dificuldade a ser enfrentado pelos participantes. As adversidades vão de terreno variado, passando por ventos muito fortes (podendo chegar a 300Km/h), neve fofa e umidade relativa de 0%, dificultando significativamente o desempenho dos atletas.


Nesse sentido e por se tratar de uma prova de alto risco, provação mental constante e esforço físico extremo, vou utilizar a psicanálise como apoio para o aprimoramento mental, enfocando o treinamento e controle das instâncias psíquicas (ID, EGO e SUPEREGO - figura abaixo), principalmente os impulsos negativos enviados pelo ID, por meio do processo de auto-motivação interiorizado e contínuo a ser aperfeiçoado quando da realização dos treinamentos preparatórios.



Além da preparação mental, outro fato desafiador são as condições extremas existentes no continente antártico e para isso terei que desenvolver, diariamente, grandes volumes de corrida em areia de praia, treinos específicos em condições de frio para aprimorar minha adaptação a temperatura negativa, gerenciar riscos para evitar e amenizar o desgaste muscular, bem como, gerenciar conflitos mentais para não perder o foco no objetivo principal, que neste caso é o cumprimento das sessões de treino visando a conclusão da maratona de acordo com a performance obtida.

Outros aspectos fundamentais dentro do processo de treinamento que estão diretamente relacionados ao sucesso são a elaboração de planos de ação, o planejamento nutricional, o tratamento fisioterápico e o monitoramento ortopédico, visando o aprimoramento da minha aptidão para o desenvolvimento e conclusão das sessões de treinos e dos 42,2 quilômetros da maratona no gelo.

Sem o treinamento adequado, suplementação, alimentação necessária, disciplina, psicoterapia, acompanhamento fisioterápico, monitoramento ortopédico, determinação e doação, fica muito difícil ou praticamente impossível enfrentar e superar as adversidades existentes no continente antártico.

Finalizando, resumidamente, os riscos iminentes que irei encontrar na Antarctic Ice Marathon são: temperatura de -20ºC a -30ºC, umidade relativa de 0%, ventos gelados de mais de 50 Km/h, desidratação, hipotermia, perda da habilidade mental para a tomada de decisões, dificuldades para a tomada de decisão, queimadura das retinas devido à reflexão dos raios solares no gelo, congelamento dos dedos dos pés, câimbras, enjôo, piso irregular com neve podendo provocar lesões ligamentares, entre outros.

É isso aí Raça, mais um pouco das informações de como irei conduzir meus treinos e informações do "perrengue" que vou enfrentar no continente gelado.

TFA

Sérgio Lopes

sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Antartica, informações históricas e alguns aspectos físicos.

O continente antártico é cercado pelos oceanos Pacífico e Atlântico e se localiza no Pólo Sul da Terra.

A Antártica é o continente onde foi registrada a menor e mais fria temperatura de todos os tempos, -89,2°C na, observada pela estação Vostok (Rússia) em julho de 1983. A média anual de temperatura varia entre 0°C no verão no litoral a -65ºC no inverno no interior. Em conseqüência de toda esta adversidade, a Antártica ainda possui muitas regiões que não foram exploradas pelo homem, tornando-a o continente mais inóspito do Planeta.

Sua extensão é de aproximadamente 14 milhões de quilômetros quadrados e durante todo o ano cerca de 98% do território permanece congelado. No inverno sua extensão chega a aumentar até mil km de largura por causa do gelo.

Sua história também registra grandes explorações realizadas pelo homem, tais como a de Roald Amundsen e Robert Falcon Scott que atingiram o Pólo Sul geográfico em 1911 e 1912, respectivamente.

Roald Amundsen


Robert Falcon Scott

Atualmente existe uma estação americana com o nome de Amundsen-Scott, em homenagem aos dois incríveis exploradores, que se localiza nas coordenadas geográficas latitude 89° 59' 51.19" S e longitude 139° 16' 22.41" E. Esta estação é o ponto continuamente habitado mais ao sul da Terra.

Outro nome que não podemos deixar de citar é o de Sir. Ernest Henry Schakleton.
Schaklenton foi um explorador anglo-irlandês conhecido como uma das principais figuras do período chamado “Era Heróica da Exploração Antártica.” Sua história de fracasso com o Endurence, hoje em dia, é reconhecida como sucesso dentro das instituições acadêmicas e empresariais, em virtude da sua habilidade incrível em gerenciar equipes, riscos e conflitos.

Ernest Schakleton


Geomorfologia

Na Antártica Oriental encontram-se os montes Transantárticos (ou Cadeia Transantártica) que se estende por 4.800 quilômetros, desde a Terra de Vitória à Terra de Coats. Na Ocidental está a Península Antártica, ao sul da qual se encontram os montes Ellsworth e o maciço Vinson, ponto mais elevado do continente com 5140 metros. Localizadas entre suas cordilheiras, há sete geleiras na Antártica, das quais a maior é a Geleira Byrd.
Embora seja lar de muitos vulcões, apenas uma cratera na ilha Decepção e o monte Erebus expelem lava atualmente, a primeira desde 1967. O monte Erebus, de 4.023 metros de altitude e localizado na Ilha de Ross, é o vulcão ativo mais meridional do mundo. Pequenas erupções são comuns e fluxos de lava foram observados em anos recentes.

Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Ant%C3%A1rtica


Aspectos geológicos

O principal recurso mineral conhecido no continente é o carvão. Inicialmente, foi encontrado por Frank Wild perto da geleira Beardmore na expedição do Nimrod, e conhece-se a existência de carvão de baixa qualidade em muitas partes dos montes Transantárticos. As montanhas Príncipe Charles contêm depósitos significativos de minério de ferro. Os recursos mais valiosos da Antártica, localizados ao largo do continente, são campos petrolíferos e de gás natural, encontrados no mar de Ross em 1973. A exploração de todos os recursos minerais está proibida pelo Protocolo de Proteção Ambiental do Tratado da Antártica. Até 2048, tal proibição só poderá ser revogada ou alterada sob aprovação unânime dos países consultores do Tratado da Antártica e após estabelecimento de um regime legal para a atividade exploratória.

Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Ant%C3%A1rtica

É isso aí Raça, aí está um pouco mais da história e aspectos físicos desse continente incrível e inóspito que é a Antartica.

TFA

Sérgio Lopes